Da exposição exagerada de famílias à falsa felicidade: como o que vemos online impacta diretamente nossa saúde mental

Com “vidas perfeitas” e famílias sempre felizes no feed, as redes sociais criaram uma pressão silenciosa: a comparação. Você vai entender como esse comportamento pode afetar sua autoestima, aumentar a ansiedade e comprometer o bem-estar emocional — além de conferir dicas para manter sua saúde mental protegida

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As redes sociais criaram um novo tipo de comparação constante que pode gerar ansiedade, baixa autoestima e sentimentos de inadequação

Nos últimos anos, a vida nas redes sociais passou a ocupar um espaço cada vez maior no cotidiano das pessoas ao redor do mundo. Do que se come ao que se veste, do destino das férias ao presente de Dia das Mães — tudo parece precisar de uma postagem; caso contrário, é quase como se não tivesse acontecido.

E, dentro desse comportamento, cresceu também um movimento de exposição da vida familiar, muitas vezes cuidadosamente planejada para parecer perfeita. Mas o que parece ser apenas mais uma foto de um almoço em família ou um vídeo do filho sorrindo pode esconder um impacto muito maior em quem consome esse tipo de conteúdo

Um levantamento feito pela Royal Society for Public Health, no Reino Unido, apontou que o uso intensivo de redes sociais está diretamente ligado ao aumento de distúrbios de saúde mental entre jovens adultos, incluindo sintomas de ansiedade, depressão e causando prejuízos ao sono. Isso porque, ao comparar a própria vida com a de outras pessoas, muitas vezes idealizadas nas redes, é criada uma percepção distorcida da realidade — gerando sentimentos de inferioridade e insuficiência.

O que é a idealização nas redes sociais?

Idealizar é atribuir qualidades perfeitas a algo ou alguém — e nas redes sociais, isso acontece com frequência. Um feed com viagens constantes, filhos sempre felizes, casais que nunca brigam ou corpos “perfeitos” dão a ilusão de que a vida do outro é sempre melhor, mais leve e mais bonita.

E mesmo sabendo que existe edição, filtro e curadoria por trás de cada conteúdo, o cérebro responde emocionalmente como se aquela imagem fosse a realidade.

Assim, a exposição exagerada e a curadoria extrema da rotina de influenciadores digitais alimentam uma cultura de comparação constante, o que impacta diretamente na autoestima e bem-estar emocional.

Por que isso afeta tanto nossa saúde mental?

Nosso cérebro é programado para buscar pertencimento — e, ao se sentir diferente, inferior ou “para trás” em relação a um grupo – o chamado “FOMO” -, ele aciona gatilhos como:

  • Ansiedade social: sensação de que nunca seremos bons o suficiente;
  • Síndrome do impostor: ideia constante de inadequação, mesmo com conquistas reais;
  • Insatisfação corporal: distorção da autoimagem e surgimento de transtornos alimentares;
  • Fadiga digital: cansaço, irritação e esgotamento mental causados pelo consumo constante de conteúdo;
  • Tristeza e isolamento: sensação de fracasso ou de estar sozinho para enfrentar as dificuldades.

Tudo isso é agravado pelo algoritmo, que sempre mostra mais do mesmo — ou seja, quanto mais esse tipo de conteúdo é consumido, mais forte é o impacto gerado por ele.

Famílias perfeitas e a “vitrine” da felicidade

Nos últimos tempos, um dos conteúdos que mais cresceu nas redes é o de exposição de famílias e rotinas maternas — muitas vezes com bebês e crianças pequenas em destaque nos conteúdos. Mas o que parece inofensivo pode ter dois lados perigosos:

  • Para quem publica: a pressão de manter uma imagem de perfeição pode gerar estresse, cansaço emocional e sensação de fracasso quando a realidade – no campo offline – não corresponde ao que é postado.
  • Para quem assiste: surge a ideia de que ser mãe, pai ou construir uma família feliz deve ser algo mágico, tranquilo e sem erros — o que está longe da realidade.

O que fazer para se proteger emocionalmente?

Algumas atitudes simples podem ajudar a manter a saúde mental em dia e reduzir os impactos desse tipo de comparação:

  • Tenha consciência do uso das redes: perceba quanto tempo você passa online e o que sente depois de consumir determinados conteúdos;
  • Evite seguir perfis que te causam mal-estar: se algo constantemente te faz sentir menos, talvez deva ser eliminado da sua rotina;
  • Busque perfis reais e diversos: conteúdos que mostram vulnerabilidade, diferentes tipos de corpos, estilos de vida e realidades familiares ajudam a construir uma visão mais humana, empática e realista;
  • Lembre-se de que nem tudo é o que parece: por trás de um vídeo de uma família feliz pode estar havendo momentos de estresse, uma noite mal dormida ou uma crise emocional — e isso, sim, é completamente normal, mas não é exposto!
  • Cuide da sua saúde mental: se perceber que os sentimentos de ansiedade, tristeza ou inadequação estão frequentes, busque ajuda profissional.

Cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar do corpo — e na Mount Hermon, você encontra apoio para enfrentar os desafios emocionais do dia a dia com acolhimento e profissionalismo.

Nosso time de especialistas está pronto para te ajudar a encontrar a melhor solução para lidar com a ansiedade, baixa autoestima, estresse digital, sobrecarga familiar e todas as questões que envolvem o uso das redes sociais e a comparação constante que elas provocam.

Conte com a Mount Hermon para cuidar de você.

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